Para tratamento da Intolerância histamínica (IH) deve-se acima de tudo realizar dieta pobre em alimentos liberadores de histamina e de outras aminas biogênicas como a putrescina e cadaverina. Como a histamina pode também advir dos alimentos ingeridos, esta será a abordagem inicial e o padrão de ouro do tratamento.
Os alimentos com maior potencial de liberação são de maneira resumida: frutos do mar, produtos fermentados, queijos envelhecidos ou sólidos, abacate, chocolate, castanhas, tomate, espinafre, frutas cítricas, banana e bebidas alcóolicas.
A segunda abordagem consiste em parar os medicamentos que interagem com a DAO, e nesta categoria estão os que potencializam o aumento de histamina circulante, uma vez que reduzem a atividade da enzima DAO. Até mesmo alguns anti-histamínicos,
como a cimetidina e a prometazina são bloqueadores dos receptores H1/H2, e podem diminuir a atividade da DAO.
A terceira abordagem envolve a suplementação de DAO para ajudar a degradar a histamina ingerida em refeições que a dieta não possa ser realizada, como festas, eventos, etc., ou sob orientação.
A quarta abordagem envolve a suplementação com minerais e vitaminas como por exemplo o cobre, o zinco, a vitamina C e a vitamina B6 em caso de deficiência conhecida, desnutrição ou dieta restritiva. Isto deve-se ao fato
de estes nutrientes serem cofatores para a enzima DAO e devem ser utilizados em conjunto com outras abordagens, além de exames de sangue determinados pelo nutricionista durante o tratamento integrativo. Esta abordagem tende
a ser necessária para amenizar os sintomas e órgãos afetados.
Em condições mais graves, podem ser administrados medicamentos anti-histamínicos, embora a sua utilização só seja recomendada durante um curto período de tempo, a critério do médico.
A dieta anti-histamínica possui três fases de tratamento a serem aplicadas pelo nutricionista, de acordo com o teor de histamina e quantidade suportada pelo paciente, somando-se todos os fatores liberadores endógenos e exógenos. As quantidades e fases de tratamento também devem estar alinhadas aos sintomas e recuperação clínica. Os grupos de alimentos podem ser retirados e reintroduzidos, pouco a pouco, dada também a possibilidade de recuperação do paciente na produção de DAO juntamente com a menor degradação histamínica.
Neste contexto, a investigação mostra que os pacientes que respondem à dieta devem continuá-la durante o mínimo de um mês até que os sintomas deixem de estar presentes.
Os pacientes intolerantes relatam após terapia nutricional, melhoria das manifestações gastrointestinais, cutâneas e outras , além de aumentar os níveis de DAO.
A suplementação com DAO exógena (fornecida geralmente sob a forma de cápsulas contendo 10 000 unidades degradadoras de histamina), resulta em melhoria significativa dos sintomas.
Além destas técnicas importantes cujo manejo fica a cargo do nutricionista especializado em IH, a recuperação do paciente depende do equilíbrio nutricional em todos os aspectos, tanto comportamentais, como de macro e micronutrientes,
que sem sombra de dúvidas deve ser feito durante todas as fases da terapia.
Lembrando que não basta resolver apenas a IH, mas as outras síndromes paralelas, intolerâncias e déficits que estejam presentes, impactando a saúde e longevidade do paciente.